Arte de rua com retrato do ativista palestino Ahed Tamimi é vista no muro de separação israelense em Belém (Palestina) em 28 de dezembro de 2022. (Beata Zawrzel / NurPhoto via Getty Images)
"Muito se escreveu a respeito de arte e guerra: os artistas que foram forçados a lutar, os que se eximiram de suas obrigações, os que retrataram os horrores do front e os que foram comissionados a glorificar a luta na forma de propaganda oficial" (DRUMMOND, 2022).
As guerras, exercem uma influência profunda na cultura e na arte, moldando e refletindo as transformações sociais que ocorrem em seu contexto. Este papel das guerras como catalisadores de mudanças se manifesta vividamente no campo das artes visuais, onde a representação de conflitos bélicos não apenas retrata as realidades históricas, mas também atua na construção da consciência histórica e cultural de uma sociedade.
Pinturas de batalhas, monumentos e outras formas de expressão artística não apenas documentam eventos históricos, mas também transmitem as emoções, ideais e aspirações das pessoas envolvidas. Assim, a arte não é um mero reflexo passivo dos tempos, ela é uma participante ativa, capaz de influenciar e moldar a percepção pública e a memória histórica.
As representações artísticas dos conflitos, variam desde a celebração de vitórias militares até a exaltação de figuras heroicas. Essas obras frequentemente têm o objetivo de glorificar as ações de lideranças e os soldados, enaltecendo valores como coragem, lealdade e sacrifício. Pinturas tal como:
"A Batalha de Alexandre em Isso", de Albrecht Altdorfer (1529)
"Napoleão no campo de batalha de Eylau, de Antoine-Jean Gros (1808)
"Batalha do Avaí", de Pedro Américo (1877)
Essas representações artísticas desempenham um papel crucial na construção de narrativas nacionais. Através delas, as nações não apenas recordam suas histórias de guerra, mas também moldam a identidade nacional, forjando um senso comum de orgulho e pertencimento. Ademais, tais obras podem ser utilizadas como instrumentos de propaganda, destinadas a fortalecer a moral nacional ou mobilizar o público para o esforço de guerra. Durante os conflitos, a arte, muitas vezes influenciada pelo capital, pode promover uma imagem idealizada da nação, destacando sua justiça e heroísmo na luta contra os adversários.
O capital exerce uma influência direta sobre os temas abordados nas obras artísticas, fortalecendo o status quo e promovendo ideologias específicas. Essa influência manifesta-se de maneira propagandística, enquanto mantém uma postura de distanciamento profissional, como em obras mencionadas anteriormente.
No século XIX, a pintura histórica despontava como o gênero de maior proeminência no cenário artístico brasileiro, frequentemente celebrando as conquistas militares do Império. Um exemplo notável dessa tendência pode ser observado na obra "Combate Naval do Riachuelo", de Victor Meirelles, que ilustra o confronto naval entre o Brasil e o Paraguai durante a Guerra do Paraguai.
De acordo com Álvaro Saluan da Cunha (2018), doutor em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora, um traço distintivo da pintura histórica é a sua não dependência exclusiva da realidade como referencial, permitindo que a representação seja moldada por idealizações e preferências pessoais do artista. Neste contexto, Meirelles não procurava retratar cenas de guerra de maneira verossímil, mas sim narrar os eventos de modo que melhor atendesse aos seus interesses artísticos e às expectativas de seus patronos, como evidenciado pelo fato de a obra ter sido encomendada pelo então Ministro da Marinha, Afonso Celso de Assis Figueiredo.
Além disso, a arte relacionada à guerra também pode servir como um meio de crítica e reflexão. Embora muitas obras glorifiquem o conflito e seus líderes, outras podem questionar os motivos, as consequências e a moralidade da guerra. Tais obras desafiam as perspectivas dominantes e encorajam o público a refletir criticamente sobre as razões e os resultados dos conflitos. Destaco algumas:
"A face da guerra", de Salvador Dalí (1940)
"Guernica", de Pablo Picasso (1937)
"Três de maio de 1808", de Francisco de Goya (1814)
Série "Guerra", de Käthe Kollwitz (1918-1922)
As representações de conflitos militares na arte são multifacetadas. Não apenas documentam eventos históricos, mas também moldam a forma como esses eventos são percebidos e lembrados, gerando insights não apenas sobre a arte em si, mas sobre a sociedade que produziu essa arte e como essa sociedade escolheu se lembrar — ou esquecer — os eventos retratados.
Arte e o conflito israelo-palestino
Após décadas de ocupação israelense da Palestina, em 7 de outubro de 2023, o grupo Hamas atacou o sul de Israel, deixando 1200 mortos, dos quais 816 eram civis, e 200 sequestrados. O governo israelense respondeu com um ataque à Faixa de Gaza, que muitas organizações mundiais, como a Anistia Internacional e as Nações Unidas, condenaram como genocídio. Nos últimos meses, ocorreram bombardeios, destruição de centros civis, mais de 34 mil baixas civis, mais de 75 mil feridos, 1.7 milhão de pessoas deslocadas. Até abril de 2024, cerca de 109 jornalistas foram mortos no conflito, sendo 102 palestinos, 4 israelenses e 3 libaneses, de acordo com a Federação Internacional de Jornalistas.
Neste artigo, exploraremos a resposta do mundo das artes plásticas ao conflito, com foco em um caso específico da Alemanha.
Resposta do mundo artístico
Desde o início do conflito em outubro de 2023, a indústria cultural tem sofrido uma onda de demissões e boicotes, mensagens de apoio, de refutação e protestos. Alguns exemplos:
Katya Kazakina, renomada jornalista especializada em arte, de origem ucraniana-americana e judaica, expressou sua preocupação com o silêncio dos museus e galerias de arte nos dias que seguiram ao ataque de 7 de outubro e a falta de apoio a Israel. Ela destacou sua decepção com uma carta aberta assinada por oito mil personalidades (descrita abaixo), que condenava os ataques de Israel sem mencionar o massacre do povo judeu. Kazakina observou que essas mesmas pessoas e instituições têm prestado apoio instantâneo às causas como a da Ucrânia e do movimento Black Lives Matter, mas permanecem em silêncio diante da questão judaica. Ela enfatizou que as instituições que demonstraram apoio a Israel foram, em sua maioria, instituições judaicas.
Em sua análise, Kazakina levantou a possibilidade de os museus temerem perder seus negócios, mencionando uma das principais patrocinadoras da atualidade, que apoia a Palestina.
A 60ª Bienal de Veneza, realizada em 2024, foi alvo de manifestações. Com o tema "Foreigners Everywhere" (Estrangeiros em todos os lugares), e curadoria liderada pelo brasileiro Adriano Pedrosa, diretor do MASP, a Bienal enfocou a produção de artistas de diversas origens, proporcionando espaço e visibilidade a grupos marginalizados, como imigrantes, expatriados, pessoas queer e indígenas. No início de 2024, mais de quatorze mil pessoas assinaram uma carta exigindo que Israel fosse excluído da Bienal. O ministro da Cultura da Itália, Gennaro Sangiuliano, declarou que Israel continuará representado na Bienal de Veneza, ressaltando que o evento será sempre um espaço de liberdade, encontro e diálogo, e não de censura e intolerância.
Muitas personalidades artísticas não possuem a mesma visão.
Logo após o ataque, oito mil personalidades do mundo da arte (incluindo judeus), assinaram uma carta aberta condenando as violações dos direitos humanos perpetradas por Israel. A carta, publicada em 19 de outubro de 2023 pela revista Artforum, exige o cessar imediato de "todos os assassinatos e ferimentos de civis" e insta o mundo a romper o silêncio e reconhecer os crimes contra a humanidade que o povo palestino está enfrentando. A revista de arte israelense Erev Rav publicou uma carta assinada por mais de três mil pessoas criticando a carta aberta publicada pela Artforum devido “omissão de qualquer reconhecimento e condenação substantivos dos atos do Hamas”. A Artforum publicou uma resposta à carta de 19 de outubro que condena "a carta aberta pela sua visão unilateral". Após isso, o editor-chefe da Artforum foi demitido.
Pictures for Palestine realizou vendas de impressões fotográficas por um grupo internacional de artistas para auxiliar a crise humanitária em Gaza. Os lucros foram destinados para MAP, Medical Aid for Palestinians (Ajuda Médica para Palestinos). Foram arrecadados até a data de postagem desse artigo, cerca de 450 mil libras esterlinas.
Demian DinéYazhi, artista americano, concebeu uma instalação de neon intitulada “we must stop imagining apocalypse/genocide + we must imagine liberation” (devemos parar de imaginar o apocalipse/genocídio + devemos imaginar a libertação). Exibida na Bienal do Museu Whitney de Arte Americana, a obra foi inspirada em movimentos indígenas. No entanto, um detalhe escapou à atenção da curadoria do museu nos estágios iniciais: luzes intermitentes soletrando lentamente a frase "Free Palestine" (Palestina Livre). Este incidente não resultou na interrupção da exposição da instalação, pelo contrário, Angela Montefinise, diretora de comunicação e conteúdo do museu, enfatizou a liberdade artística do espaço.
Na poesia neon de Demian DinéYazhi, letras tremeluzentes soletravam o apelo oculto “Palestina Livre”. O componente oculto da instalação do artista Diné era desconhecido dos curadores da Bienal Whitney. (Nora Gomez-Strauss/Museu Whitney de Arte Americana)
Artistas israelitas/judeus
Bienal de Veneza 2024: Ruth Patir, artista escolhida para representar Israel, decidiu não abrir o pavilhão israelita até que seja alcançado um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns.
Soldados italianos montam guarda em frente ao pavilhão de Israel durante a pré-abertura da feira de arte da Bienal de Veneza [Gabriel Bouys/AFP]
A artista israelo-ucraniana, Zoya Cherkassky, fugiu para Berlim deixando sua família para trás após os ataques do Hamas. Inspirada na realidade que viveu, criou uma série intitulada "7 de outubro de 2023", que apresentada em 12 obras em papel, retratando os horrores do ataque. A série foi instalada no Museu Judaico de Nova York. A artista também defende a necessidade das pessoas de entenderem as diferenças entre Palestina e Hamas, Faixa de Gaza e Cisjordânia.
A obra abaixo intitulada "A Burned Family" (Uma familia queimada), inspirada em "O Grito" de Edvard Munch, se refere às famílias queimadas vivas pelo Hamas.
‘A Burned Family, 7 de outubro de 2023’ por Zoya Cherkassky, outubro de 2023.
Artistas palestinos
O Museu Palestino apresenta a exposição intitulada "This Is Not An Exhibition" (Isto não é uma exposição), que retrata o céu e o mar de Gaza, os bombardeios, a natureza e a música. A exposição conta com o trabalho de mais de 100 artistas de Gaza, que protestam contra o conflito e a perda de obras de arte durante a guerra, destacando o custo cultural do conflito. Os artistas descrevem o trabalho como uma forma de resistência contra uma guerra genocida causada por uma máquina de destruição e morte, sem mencionar especificamente Israel ou Hamas.
Samar Hazboun
Bienal de Veneza 2024: na edição deste ano há apenas 2 artistas palestinos, os arquitetos Alessandro Petti e Sandi Hilal, fundadores do DAAR (Decolonizing Architecture Art Research). A contribuição do DAAR para a Bienal explora como é possível criticamente reapropriar, reutilizar e subverter a arquitetura colonial fascista e seu legado modernista. Eles focam em Borgo Rizza, um assentamento rural na Sicília construído em 1940 pela Ente di Colonizzazione del Latifondo Siciliano (ECLS). Este projeto tinha o objetivo de modernizar e repovoar a região, vista como atrasada pelo regime fascista. Projetos arquitetônicos similares foram implementados pelo colonialismo fascista em países como Líbia, Somália, Eritreia e Etiópia. A instalação consiste em uma reprodução em escala da fachada do edifício principal da aldeia, desconstruída em quinze módulos polivalentes. Desde maio de 2022, esses módulos têm estado em diferentes locais, como a Mostra d'Oltremare em Nápoles, o distrito de Hansaviertel em Berlim e o museu La Loge em Bruxelas, para promover discussões e diálogos sobre o tema.
Instalação DAAR no Arsenale | Marco Zorzanello
Arte na Alemanha
“I don’t like a state or culture that so obeys authority.”, disse Wei Wei, artista plástico e ativista social chinês.
Para muitos artistas, especialmente estrangeiros que se estabeleceram em Berlim como um lugar de liberdade cultural, de acordo com o crítico de cultura, Jason Farago (2024), a própria sobrevivência da cidade como capital artística está em dúvida, ou talvez já tenha desaparecido.
Berlim, outrora um epicentro artístico em toda a Europa, hoje testemunha uma narrativa intrinsecamente alemã. O legado do Holocausto continua a moldar profundamente um setor cultural dedicado a reconciliação. Essa cultura de rememoração também fundamenta o sólido apoio da Alemanha a Israel e os limites rigorosos impostos às críticas direcionadas a seu aliado.
Após os ataques lançados pelo Hamas contra Israel em 7 de outubro, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, foi um dos primeiros líderes ocidentais a chegar a Tel Aviv. Ao lado do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, ele declarou que a Alemanha tinha "apenas um lugar - e é ao lado de Israel". E Berlim abriga uma das maiores comunidades da diáspora palestina na Europa, estimada em 300 mil.
Abordar abertamente o conflito israelo-palestino pode ter graves consequências como cancelamento de apresentações, perda de financiamento e acusações de antissemitismo. Alguns líderes culturais estão emitindo um sinal de alerta. Em janeiro, as autoridades do estado de Berlim apresentaram uma nova cláusula de financiamento que demandaria que os beneficiários firmassem um documento se posicionando contra "todas as manifestações de antissemitismo" - e empregaram uma definição que rotulava certas críticas à política israelense como antissemitismo. Os artistas protestaram e a proposta foi retirada.
A artista francesa Johanna Tagada compartilhou em sua conta do Instagram uma troca de e-mails com funcionários de um museu na Alemanha, onde sua exposição individual estava programada para ocorrer. No e-mail, intitulado "Diferentes perspectivas", foi comunicado a ela que, devido ao seu apoio à Palestina, o museu, que opera com fundos públicos, não desejava respaldar tal declaração. Em resposta, Tageda, que possui ascendência judaica alemã e árabe, afirmou que defende a liberdade da Palestina, se opõe a todas as formas de opressão e ódio, assim como ao antissemitismo e à islamofobia.
Democracia alemã em jogo?
"Especialmente em tempos políticos difíceis, organizações como o Goethe-Institut não devem tornar-se uma extensão do governo. Quando os testes morais e o imperialismo moral dominam, as crises não podem ser superadas" (Carola Lentz, 2024).
Em uma entrevista concedida ao Der Spiegel, a Dra. Carola Lentz, especialista em sociologia e presidente do Goethe-Institut, discorre sobre o atual cenário como uma contenda cultural na qual os parceiros de longa data no mundo cultural internacional estão perdendo a confiança na liberalidade da democracia na Alemanha. Lentz argumenta que o envolvimento político-moral está prejudicando a anarquia da arte, destacando a necessidade de espaços livres do controle estatal, que promovam a reflexão e abriguem diversas perspectivas. Ela observa que os grupos políticos que propõem medidas para censurar obras que consideram antissemitas são os mesmos que mantêm relações econômicas com regimes autoritários anti-Israel.
Staatsräson (Razão de Estado)
O termo razão de Estado. Esse termo, ragione degli stati, foi cunhado pela primeira vez pelo poeta e diplomata italiano Giovanni della Casa por volta de 1547. Depois foi utilizado por Nicolau Maquiavel, Giovanni Botero, e mais notavelmente pelo cardeal Richelieu, com raison d'état (BURNS; GOLDIE, 1991, p. 479–480). A razão de Estado pode ser compreendida como a política externa baseada no interesse nacional, sendo necessário evidenciar que há distinção entre os interesses do Estado e os do indivíduo, bem como os códigos morais que orientam esses comportamentos (SATO, 2021).
Annalena Baerbock, ministra de Relações Exteriores da Alemanha, em sua visita ao Estado de Israel em outubro de 2023, disse "hoje em dia somos todos israelenses". Essa fala é o retrato da razão de Estado alemã. Na discussão acadêmica, segundo Antje Wiener (2024), professora de Ciências Políticas da Universidade de Hamburgo, predominam duas perspectivas: uma argumenta que a exposição é uma "tentativa estratégica do governo alemão de 'limpar' seu histórico nazista", enquanto a outra destaca a "culpa e a obrigação moral como motivações para um compromisso com a reconciliação com os judeus".
"A existência de Israel é uma condição essencial para a existência da Alemanha. Se Israel não existir, a culpa da Alemanha consumirá tudo mais uma vez. E isso é uma possibilidade inaceitável." esclareceu Johannes von Moltke, docente de história cultural alemã na Universidade de Michigan (FARAGO, 2024). Como Farago destaca em seu artigo, o colapso cultural, aparentemente associado apenas a um conflito internacional, apresenta sua versão particularmente alemã, baseado na razão de Estado alemã.
Conclusão
A intersecção entre arte e guerra no contexto do conflito israelo-palestino revela as complexidades da expressão cultural em tempos de crise. A resposta do mundo artístico reflete tanto solidariedade quanto divergências, destacando a tensão entre liberdade artística e pressões políticas e sociais. Enquanto alguns artistas se posicionam explicitamente em favor de uma causa ou denunciam violações de direitos humanos, outros enfrentam dilemas éticos e consequências profissionais ao abordar questões sensíveis. A contenda cultural na Alemanha, em particular, ilustra como a política externa e a história nacional influenciam as interações entre arte, sociedade e poder estatal. Em última análise, a arte desempenha um papel essencial na documentação, interpretação e questionamento dos conflitos e suas repercussões, moldando a percepção coletiva e oferecendo espaço para reflexão crítica e diálogo, não devendo estar à mercê da ideologia estatal. As instituições de arte devem ter liberdade para encontrar suas próprias respostas aos desafios contemporâneos, certificando-se de manter espaços abertos de reflexão, encorajando diversas perspectivas.
Referências bibliográficas
ABDULRAHIM, R. Against a Canvas of Despair, Gaza’s Artists Trace Their Struggle. The New York Times, 18 fev. 2024.
Baerbock in Israel: “In diesen Tagen sind wir alle Israelis”. tagesschau.de. Disponível em: <https://www.tagesschau.de/ausland/asien/baerbock-israel-100.html>. Acesso em: 4 maio 2024.
Biennale Architettura 2023 | DAAR - Alessandro Petti and Sandi Hilal. Disponível em: <https://www.labiennale.org/en/architecture/2023/dangerous-liaisons/daar-alessandro-petti-and-sandi-hilal>.
BPA. Bundeskanzler Scholz telefoniert mit Ministerpräsident Benjamin Netanjahu. Disponível em: <https://www.bundesregierung.de/breg-de/themen/bundeskanzler-scholz-telefoniert-mit-ministerpraesident-benjamin-netanjahu-2230312>.
BREGMAN, A. Conflict In Israel And Gaza Leaves Art World Divided. Disponível em: <https://www.forbes.com/sites/alexandrabregman/2023/11/06/conflict-in-israel-and-gaza-leaves-art-world-divided/?sh=4dbaf43e7925>.
BURNS, J. H.; GOLDIE, M. (EDS.). The Cambridge History of Political Thought 1450–1700. [s.l.] Cambridge University Press, 1991. p. 479–480
COELHO, M. C. Os panoramas perdidos de Victor Meirelles: aventuras de um pintor acadêmico nos caminhos da modernidade. Doutorado em História—Universidade Federal de Santa Catarina: [s.n.].
CUNHA, Á. S.; OLIVEIRA, R. B. Tempos de barbárie ou tempos de arte? A Guerra da Tríplice Aliança, Arte e Imprensa Envolvida no Debate da Modernização da Nação. Revista Cantareira, v. 29, p. 6–17, 2018.
DRUMMOND, R. Resistência ou alento: como a arte responde à guerra. Disponível em: <https://braziljournal.com/resistencia-ou-alento-como-a-arte-responde-a-guerra/#:~:text=At%C3%A9%20o%20s%C3%A9culo%20XVII%2C%20a>.
DURÓN, M. Israel’s National Pavilion Won’t Open Until a Ceasefire Is Reached, Artist Says. Disponível em: <https://www.artnews.com/art-news/news/israel-national-pavilion-closed-2024-venice-biennale-1234703161/>.
FARAGO, J. Berlin Was a Beacon of Artistic Freedom. Gaza Changed Everything. The New York Times, 6 abr. 2024.
GHERT-ZAND, R. With gut-wrenching drawings, artist Zoya Cherkassky shares Israel’s pain with world. Disponível em: <https://www.timesofisrael.com/with-gut-wrenching-drawings-artist-zoya-cherkassky-shares-israels-pain-with-world/>.
GLUCROFT, W. N. Germany’s unique relationship with Israel – DW – 10/15/2023. Disponível em: <https://www.dw.com/en/israel-and-germanys-reason-of-state-its-complicated/a-67094861>.
HARRIS, G. Israel will not be excluded from Venice Biennale, says Italian culture minister. Disponível em: <https://www.theartnewspaper.com/2024/02/28/israel-will-not-be-excluded-from-venice-biennale-says-italian-culture-minister>.
HATTENSTONE, S. Ai Weiwei on his new life in Britain: “People are at least polite. In Germany, they weren’t”. The Guardian, 21 jan. 2020.
KAZAKINA, K. Where Are You People? The art world’s deafening silence after the Hamas attack in Israel. Disponível em: <https://www.tabletmag.com/sections/arts-letters/articles/where-are-you-people>.
LENTZ, Carola. Debatten über Antisemitismus: Kulturarbeit muss unabhängig bleiben! Der Spiegel, 2024. Disponível em: <https://www.spiegel.de/kultur/debatten-ueber-antisemitismus-kulturarbeit-muss-unabhaengig-bleiben-a-28079d1f-41b1-4f95-845a-43fc1bc8d6bf>.
OBERMAIER, Lena. “We Are All Israelis”: The Consequences of Germany’s Staatsräson. Carnegie Endowment for International Peace. Disponível em: <https://carnegieendowment.org/sada/92069>.
SATO, E. RAZÃO DE ESTADO: os dilemas morais, as decisões dos governantes e os modelos de democracia. Revista de Estudos e Pesquisas Avançadas do Terceiro Setor, v. 8, n. 1, p. 51–75, 2021.
SCHJELDAHL, P. Art in a Time of War. Disponível em: <https://www.newyorker.com/magazine/2022/03/21/art-in-a-time-of-war>.
SHARMA, G. “Complete censorship”: Germany’s Palestinian diaspora fights crackdown. Disponível em: <https://www.aljazeera.com/features/2023/10/26/complete-censorship-germanys-palestinian-diaspora-fights-crackdown>.
SMALL, Z. In Whitney Biennial Artwork, a Message Reveals Itself: “Free Palestine”. The New York Times, 14 mar. 2024.
SOLOMON, E. A Loyal Israel Ally, Germany Shifts Tone as the Toll in Gaza Mounts. The New York Times, 29 mar. 2024.
SOUZA, R. O Impacto da Guerra na Arte e Cultura . Disponível em: <https://www.vlibras.com.br/o-impacto-da-guerra-na-arte-e-cultura/>.
TAGADA, J. 2024. Disponível em: <https://www.instagram.com/johannatagada/p/C2uCQ_0MIKf/?img_index=1>.
WIENER, A. Staatsräson: Empty Signifier or Meaningful Norm?: A Fundamental Norm with Unknown Meaning. Disponível em: <https://verfassungsblog.de/staatsrson-empty-signifier-or-meaningful-norm/>.
Comments